Nos seus 107 anos de história, Balsas jamais teve tanto dinheiro entrando nos cofres da prefeitura como agora. De janeiro a abril deste ano, a arrecadação municipal ultrapassou a marca dos R$ 180 milhões — um salto expressivo em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a arrecadação girava em torno de R$ 150 milhões.
Esse aumento de quase 20% nos recursos é reflexo direto do crescimento econômico que a cidade vivenciou nos últimos anos. Após dois mandatos bem-sucedidos do ex-prefeito Dr. Erik Augusto, Balsas consolidou-se como uma das cidades mais prósperas do Maranhão, impulsionada principalmente pela força do agronegócio e pela chegada de grandes empresas, como a Inpasa.
Apesar disso, o que se vê hoje na cidade é um cenário de inércia. Com todo esse dinheiro à disposição, era de se esperar uma explosão de obras, melhorias nos serviços públicos e investimentos em infraestrutura. Mas não é isso que acontece. Pelo contrário: a gestão atual, comandada pelo prefeito Alan da Marisol, decretou calamidade financeira e alega falta de recursos.
Essa contradição chama atenção. Como pode uma cidade que bate recordes de arrecadação viver uma suposta crise financeira?
A verdade é que o problema não está na falta de dinheiro — está na falta de gestão.
Enquanto outras cidades maranhenses, como Riachão, Imperatriz e Bacabal, avançam com obras, melhorias e serviços, Balsas permanece estagnada. E isso apesar de ter mais dinheiro em caixa do que nunca.
O que se observa é uma administração marcada por improviso, falta de planejamento e indicações políticas que comprometem a eficiência da máquina pública. A equipe atual da prefeitura, ao invés de ser formada por técnicos capacitados, foi montada com base em interesses políticos e apadrinhamentos — o que tem gerado desorganização e paralisia administrativa.
O contraste com a gestão anterior é evidente. O ex-prefeito Dr. Erik, mesmo com menos recursos, realizou obras por toda a cidade, promoveu melhorias nos bairros, investiu em saúde, educação e infraestrutura, e preparou o terreno para o crescimento que agora começa a se consolidar. Já o atual gestor, mesmo com uma arrecadação recorde, não apresenta resultados concretos.
O momento de Balsas é único. Oportunidades estão por toda parte: a cidade cresce, o campo produz como nunca, o comércio se fortalece, e novas empresas chegam. Mas tudo isso exige uma gestão à altura — que saiba planejar, executar e entregar resultados.
A população percebe essa diferença. A cada dia, aumenta a cobrança por respostas, por obras, por serviços. Porque, como dizem nas ruas: dinheiro tem. O que falta é gestão.
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