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Maranhão encerra Semana Estadual da Alimentação com seminário sobre estratégias para erradicar a fome no estado

Encontro reuniu gestores públicos, pesquisadores, agricultores familiares, ONG’s, comunidade escolar e sociedade civil para debater políticas públi...

18/10/2025 às 01h35
Por: Hilton Lima Fonte: Secom Maranhão
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- Seminário Estratégicas de Segurança Alimentar (Foto: Gilson Teixeira)
- Seminário Estratégicas de Segurança Alimentar (Foto: Gilson Teixeira)

Encerrando as celebrações pelo Dia Mundial da Alimentação, comemorado no dia 16 de outubro em 150 países, o Governo do Maranhão realizou, nesta sexta-feira (17), no Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís, o Seminário Estadual “Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional para Erradicação da Fome no Estado do Maranhão”.

O evento marcou a programação de encerramento da Semana Estadual de Alimentação, realizada desde o dia 13 de outubro na capital maranhense com o tema: “De Mãos Dadas para uma Alimentação Melhor e um Futuro Melhor".

O encontro reuniu gestores públicos, pesquisadores, conselheiros, agricultores familiares, representantes de Organizações Não Governamentais (ONG’s), comunidade escolar e sociedade civil para debater os resultados obtidos por políticas públicas estaduais voltadas para a garantia da segurança alimentar no estado. 

O ato no Palácio Henrique de La Rocque contou com a presença do governador do Maranhão, Carlos Brandão. Foram apresentados ao público os resultados da Pesquisa de Avaliação dos Impactos dos Restaurantes Populares do Maranhão. Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Fundação Sousândrade (Fsadu), o levantamento analisa os efeitos sociais, nutricionais e econômicos dos restaurantes entre a população.

O governador Carlos Brandão resgatou dados aferidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), baseados nos dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), que apontaram, no final de 2024, a saída de aproximadamente um milhão de maranhenses fora da condição de pobreza em dois anos.

“Esta foi uma semana de discussões bem proveitosas sobre a segurança alimentar no Maranhão. Aqui, apresentamos cases de sucesso para o Brasil, programas sociais que implantamos, nos quais conseguimos retirar quase 1 milhão de pessoas da extrema pobreza, mas ainda restam cerca de 400 mil pessoas, e, para isso, lançamos o Programa Maranhão Livre da Fome, com o qual distribuímos cartões para a compra exclusiva de alimentos”, destacou o governador.

O seminário contou, ainda, com a entrega de prêmios aos estudantes de escolas públicas estaduais vencedores dos concursos de redação e vídeo que tiveram como tema "Direitos Humanos". 

Durante os debates, programas como o Maranhão Livre da Fome, a rede de Restaurantes Populares, o Banco de Alimentos, e a política “Refeição de Verdade, Para Mentes Brilhantes”, foram algumas das ações de sucesso citadas pelos debatedores. 

“Se a gente olhar desde 2022, foram muitos avanços conquistados, como a alimentação escolar digna, a ampliação dos Restaurantes Populares, com a meta de chegar a todos os 217 municípios já em dezembro deste ano; ampliação do Banco de Alimentos; o Maranhão Livre da Fome, que tem atingindo 431 mil maranhenses”, pontuou Paulo Casé, secretário de Estado de Desenvolvimento (Sedes), pasta que coordena estas ações.    

Restaurantes Populares e Maranhão Livre da Fome

Objeto de pesquisa realizada por meio da parceria entre a gestão estadual, Ufma e Fsadu, a rede de Restaurantes Populares do Maranhão está presente em 178 municípios maranhenses, e já atingiu a marca de 201 unidades inauguradas, ganhando o status de maior rede de segurança alimentar da América Latina.

Em todo o Maranhão, os restaurantes populares ofertam alimentação nutricionalmente balanceada, pelo valor simbólico de R$ 1,00 para a compra do almoço ou jantar, e apenas R$ 0,50 para aquisição do café da manhã. 

Durante o seminário, também foram abordados os impactos socioeconômicos de outras políticas estaduais voltadas para o combate à fome, a exemplo do Programa Maranhão Livre da Fome. 

Lançado em maio de 2025, o Programa Maranhão Livre da Fome é a principal política de transferência de renda com foco no combate à insegurança alimentar, em execução no estado. Idealizado para beneficiar mais de 400 mil pessoas, o Maranhão Livre da Fome garante um complemento financeiro de R$ 200,00 para aquisição de alimentos. 

O programa é voltado às famílias beneficiárias do Bolsa Família que, mesmo recebendo a ajuda federal, ainda vivem com renda mensal inferior a R$ 218,00 per capita (por pessoa), ou seja, permanecem abaixo da linha da extrema pobreza.

Além desse valor, famílias incluídas no programa que têm crianças de 0 a 6 anos de idade recebem um adicional de R$ 50,00 por criança. E se, mesmo com a ajuda financeira do programa, a família ainda ficar abaixo da linha da extrema pobreza, a gestão estadual complementa o valor até que essa família ultrapasse os R$ 218,00 mensais per capita.

Fora o benefício financeiro, o programa oferta serviços de saúde, como consultas oftalmológicas e odontológicas. A iniciativa também atua no pilar da inclusão socioprodutiva, levando capacitação profissional às pessoas maiores de 16 anos que são beneficiárias do programa estadual.

O Seminário Estadual “Estratégias de Segurança Alimentar e Nutricional para Erradicação da Fome no Estado do Maranhão” contou ainda com a presença da coordenadora-geral de Articulação Federativa do Sisan, órgão vinculado à Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), Thatiana Fávaro.

Fávaro analisou de forma positiva os números apresentados no Mapa de Combate à Fome no Maranhão e frisou que outros levantamentos, como projeções elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também revelam queda no índice de insegurança alimentar no estado. 

“Dados coletados no quarto trimestre de 2024 trazem o Maranhão com uma boa queda da insegurança alimentar grave em número de pessoas. A insegurança alimentar grave estava em 8% das pessoas que moram em domicílios, e agora está em 5,1%. Foi uma queda bem expressiva da insegurança alimentar grave aqui no Estado”, sublinhou Thatiana Fávaro.

Sobre o Dia Mundial da Alimentação

O dia 16 de outubro é celebrado em 150 países de todo o planeta como o Dia Mundial da Alimentação. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) em 1981 para buscar soluções para o problema da fome no mundo e garantir alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para todos os cidadãos. 

A cada ano, a FAO escolhe um tema diferente para a celebração, e todos estão alinhados com o objetivo de conscientizar sobre a importância de que todos, em todos os lugares, tenham acesso a alimentos suficientes, seguros, diversificados e nutritivos, sem deixar ninguém para trás.

Participaram da Semana Estadual da Alimentação 2025, representantes da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado do Maranhão (Caisan-MA), Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Fórum Maranhense de Segurança Alimentar e Nutricional (FMSAN), Instituto Pacto Contra a Fome e do Conselho Regional de Nutrição da 11ª região (CRN-11).

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